Glúten, lactose, corantes, chocolate e conservantes estão entre as principais causas do desconforto e dos sintomas da intolerância alimentar
Tomar leite, comer chocolate ou pizza parece ser algo normal, mas, para pessoas que têm intolerância alimentar, ingerir algumas dessas e outras opções se torna um verdadeiro transtorno ao corpo e à saúde.
Os tipos mais comuns de intolerância são provocados por substâncias como a lactose, o glúten, alguns corantes e conservantes, chocolates e crustáceos. De acordo com o médico nutrólogo, Dr. Edson Credidio, "A intolerância alimentar acontece quando existe a ausência de uma enzima que quebra o nutriente". Ainda segundo o médico, as causas podem ser hereditárias.
Os sintomas de quem tem intolerância alimentar são variados, e alguns característicos da substância. O Dr. Edson Credidio explica que, nos casos da intolerância à lactose, que é provocada pela falta da enzima lactase, responsável pela quebra da lactose em galactose e glicose, facilitando a absorção, "Podem ocorrer desconfortos como diarreias, vômitos e gases em excesso". Quanto aos corantes, Dr. Edson diz que primeiro é preciso identificar qual afeta o paciente e simplesmente evitar o consumo. Sobre o glúten, o que provoca a intolerância é a falta da enzima agenesia. "Quando o glúten não é 'quebrado', ele não pode ser absorvido pelo sistema digestório, causando vários desconfortos intestinais", comenta o médico.
A intolerância ao glúten também é chamada de "doença celíaca". A jornalista Lygia Antonialli, 26 anos, foi diagnosticada com a doença em 2009. "Tive os sintomas desde pequena. Primeiramente, eram prisão de ventre e depois, na adolescência, tornaram-se diarreia e sensação de estufamento. Passei por diversos médicos e todos diagnosticavam que eu poderia ter vermes e que as crises se davam por intoxicação alimentar", conta. Durante anos, Lygia sofreu com os problemas e percebeu que os sintomas aumentavam quando comia carboidratos ou se desequilibrava emocionalmente. "Em 2009, passei por um grande estresse profissional e tive uma crise durante um mês. No início, achava que era uma intoxicação normal, mas depois de 15 dias piorei."
Após esse episódio, a jornalista decidiu visitar um médico da família, que a internou. O diagnóstico de doença celíaca veio após uma semana, quando Lygia já havia perdido seis quilos.
O médico nutrólogo explica que atualmente o diagnóstico da doença é mais fácil e seu controle também. "Hoje existe uma infinidade de produtos sem glúten no mercado", afirma. Mas, mesmo com essa variedade, a mudança na rotina é grande. "Depois da descoberta da doença, minha vida mudou completamente. Foi muito chocante chegar em casa e minha mãe não saber o que fazer de almoço. Começamos a ler todas as embalagens de produtos e procurar informações na internet", conta Lygia.
Já o biólogo e doutorando em Ecologia Vegetal, Richieri Sartori, tem intolerância à lactose. Como biólogo, ele logo explica que nesse caso "Não se trata de uma doença, mas sim de um estado normal de todo mamífero ter intolerância à lactose. Após passar pelo período de amamentação, nosso organismo para de produzir lactase. Como não deixamos de tomar leite ao longo da vida, isso não acontece, mas há variações de um organismo para outro".
Richieri descobriu a doença quando ainda era criança, depois que os pais perceberam algum problema na alimentação que provocava muita cólica e diarreia. A saída foi buscar outro tipo de leite que o corpo tolerasse. "No primeiro momento, passei a tomar somente leite de soja, isso por cerca de quatro anos, depois substituí pelo leite de cabra, que não provoca intolerância", conta.
A pior fase para Richieri foi durante a infância. "Era complicado, quando visitava outros lugares com a escola ou grupos de amigos, tinha que ter minha própria alimentação, nada de iogurte, leite, achocolatado, bebidas lácteas, queijo, ou seja, nada que contivesse leite. Porém, na adolescência, já era possível administrar isso, sabia que se bebesse leite passaria mal, então jamais tomava algum laticínio em dias de viagem ou outros eventos", lembra.
Para Lygia, o mais difícil para quem tem algum tipo de intolerância alimentar é frequentar reuniões de amigos ou família em lanchonetes e restaurantes. "Diversas vezes, saí chorando, porque sentia muita vontade de comer coisas e não podia, porque elas tinham glúten."
Já Richieri brinca e diz que "Atualmente está na moda, parece que o número de intolerantes à lactose aumenta todos os dias e o mercado acompanha essa tendência". Ele ainda conta que sua última descoberta foi o leite de vaca com baixo teor de lactose. "Esse posso beber à vontade e existem várias marcas e preços", comenta.
As dicas de Lygia e Richieri para quem descobre que tem distúrbios alimentares são simples. Procure todas as informações possíveis sobre o caso. Busque produtos que não contenham as enzimas que causam a intolerância e sempre que possível leve seu lanchinho de casa.
Hoje existe uma infinidade de produtos sem glúten no mercado, mas, mesmo com essa variedade, a mudança na rotina é grande.
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Pelas qualidades apresentadas, é indicado para auxiliar problemas relacionados com perturbações do sono e sintomas ligados ao estresse, como irritabilidade e dificuldade de comunicação, falta de motivação, dificuldade de concentração, transtornos digestivos, distúrbios alimentares, perda de apetite e tensão pré-menstrual (TPM). Em relação ao uso, é recomendada a ingestão de 150 mg ao dia, preferencialmente à noite. Além de cápsulas, o ativo pode ser incorporado a sucos, chás, iogurtes e chocolates. Pode ainda ser dispensado na forma de sachê, shake, goma e gel comestível, entre outras.
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Fonte:
http://www.pharmanostra.com.br/revistaonline/edicao-28/intoleranciasaude
